quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Adeus Madiba


Esta noite nos deixou um ser humano ímpar, um exemplo de vida, um lutador sem tréguas contra as injustiças, o preconceito e o racismo. 
Madiba fará falta neste mundo cercado de vilania, onde os brancos e os ricos se acham no direito de se revoltar, onde o fim de alguns privilégios alimenta a ira e o ódio, um mundo em que as forças que o encarceraram por 27 anos choram lágrimas de crocodilo pela sua morte.

Não o conheci e nunca fui à África, mas sinto que perdi um amigo, um professor, um líder.
E me lembro do texto que o acompanhou na prisão injusta que ele enfrentou:

"De dentro da noite que me cobre,
Negra como a cova, de ponta a ponta,
Eu agradeço a quaisquer deuses que sejam,
Pela minha alma inconquistável.

Na cruel garra da situação,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.


Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta-se apenas o Horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.


Não importa quão estreito o portal,
Quão carregada de punições a lista,
Sou o mestre do meu destino.
Sou o capitão da minha alma."

Willian Ernest Henley

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