segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Campanha

A campanha eleitoral, que esta semana entrou nas tv's e rádios, é seguramente o momento mais amado de todos os brasileiros.
Calma, não me xingue ainda.
Digo isso pois quem milita a vê como a possibilidade concreta de mudar a situação, social para a esquerda e a pessoal para a direita.
Para quem trabalha na publicidade e áreas afins, este é um dos poucos momentos em que o mercado se aquece a ponto de permitir que se escolha onde se quer trabalhar.
Para os financiadores, este é momento de estabelecer parcerias, ou outros acordos dependendo de quem é o financiado.
E por fim, os eleitores.
Estes amam as eleições, pois finalmente os candidatos tem que ser expor. Tem que se comprometer.
Mas mais do que isso, os eleitores amam odiar os políticos. Amam xingá-los, criticá-los, persegui-los e por fim votar.
É como se a cada dois anos, fosse permitido ao cidadão comum xingar e agredir com uma cumplicidade tácita de toda a sociedade.
Conheço pessoas que se transformam neste momento. Toda gama de frustrações e raivas cotidianas é canalizada para os partidos e políticos. Uma espécie de carnaval fora de época, onde a voz presa na garganta extravasa.
Acho que o sentido da expressão "festa democrática" tem mais relação com a malhação do Judas do que com a Páscoa.
Mas a cada ano, a cada eleição, vamos nos acostumando com este momento de quase êxtase coletivo. A cada ano, estamos ficando mais saudosos da próxima eleição

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