A repercussão da divulgação de documentos pelo site Wikileaks tem sido estrondosa por um fator determinante: pela primeira vez em muitos anos, a verdadeira motivação de todo o jornalista encontrou eco, a publicação de dados desconhecidos do grande público.
Há muito tempo, a imprensa tem se dedicado a publicar seletivamente as informações. E este comportamento é praxe de todos os veículos, SEM EXCEÇÃO!
Todos os editores selecionam aquilo que interessa ser expostos em suas páginas e programas. A revolução trazida pelo Wikileaks é a possibilidade de publicar tudo que venha a ser apurado. Eles declaram preservar apenas dados pessoais, mas todo o resto pode ir para a rede.
É um movimento anárquico, mas que pode abalar profundamente o equilíbrio político.
Imaginemos que as declarações de Serra se comprometendo a revisar as regras do pré-sal, tivessem sido divulgadas em agosto.
Eu me pergunto se teríamos tido segundo turno.
Mas mais importante do que analisar o futuro do pretérito, é vislumbrarmos um futuro onde o Wikileaks existe. Um futuro onde as denúncias sejam contra o presidente Obama, ou contra o vereador da sua cidade encontram um espaço privilegiado e a possibilidade de serem vistas por milhões de pessoas.
É este mundo em que vivemos hoje.
Um mundo sem segredos eternos.
Aos que tem segredos, artimanhas e negociatas, tremei, um espectro ronda as suas sombras.
Este é o mundo do Wikileaks, uma Caixa de Pandora moderna, que pode expor toda a miséria humana oculta.
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