terça-feira, 28 de setembro de 2010

Chegou a hora

Depois de quase três meses de campanha, chegamos a reta final. Não se trata apenas de mais uma disputa eleitoral, é nesta hora em que temos o poder máximo de decidir os destinos do Brasil.
Me lembro da noite que antecedeu o primeiro turno das eleições de 1989. Andava pelas ruas de Ilhéus, junto com Ivan meu colega de partido e grêmio estudantil e meu grande amigo, pensando o que poderia ser feito para evitar que o Brasil caísse nas mãos colloridas.
Pensei em invadir os locais de votação para despejar os materiais finais de campanha, desenhar nas lousas da seções eleitorais, mil ideias. Todas inexequíveis.
Me lembro também da sensação de ter a história nas mãos.
Eu ia ter a chance de votar pela primeira vez para presidente, tinha a exata dimensão da oportunidade histórica que teríamos com Lula presidente.
Eu estava sem medo de ser feliz.
Passados mais de 20 anos, essa sensação retorna forte hoje.
Podemos continuar avançando, crescendo, mudando nosso país, ou podemos voltar para o pesadelo neoliberal.
Está em nossas mãos, desmontar a farsa "verde" financiada e apoiada pelo tucanato com o único objetivo de evitar uma derrota no primeiro turno.
Podemos garantir mais universidades e escolas técnicas, ou voltarmos para a luta contra a cobrança de mensalidades nas escolas públicas.
Podemos avançar na criação de empregos, na construção de infraestrutura, ou voltar às privatizações e aos recordes de desemprego.
Podemos continuar lutando para que o governo acelere as mudanças, ou lutar contra o desmonte do país.
Hoje, passados vinte anos, tenho duas filhas que muito me orgulham. Que cresceram nos tristes anos tucanos e também viveram o novo Brasil que nós construímos no governo Lula.
Esta semana, estou revivendo a angústia de 1989. Podemos ter um novo Collor, revivido e repaginado pela elite paulista, que apesar de se chamar Serra, é portador das mesmas propostas que arrasaram nosso país até 2002.
Mas também podemos avançar, e como em 1989 irei me dedicar de todas as formas e jeitos para eleger Dilma presidente.
Não existe meio termo. Não existe proposta ecológica finaciada pelas indústrias. Não existe como se esconder.
É hora de ir para as ruas. Sem medo de continuar feliz.

Um comentário:

  1. A exemplo do golpe "democrático de 89" quando a imprensa - em especial a TV Globo - trabalhou intensamente para eleger o Collor, fica patente a utilização desses meios para forçar um segundo turno nas eleições de 2010. As Revistas Veja e Istoé não cansam de patrocinar matérias contrárias à DILMA ou o Lula.

    Contudo, a ausência de isenção desses periódicos, lastreada na liberdade de imprensa, nada mais é que o resultado da luta de quem hoje são combatidos por eles. Não haveria democracia se não houvesse a dedição de Dilmas, Plinios, Brizolas, e tantos outros anônimos. Ou seja, pagamos o preço por essa liberdade.
    Como solução, somente há a contraposição e adoção dos veículos alternativos e preferencialmente isentos.
    Abraços, amigo

    ResponderExcluir