segunda-feira, 3 de maio de 2010

Presente de grego

As medidas econômicas anunciadas pelo governo grego neste domingo como resposta à crise do país são chocantes. Arrocho, corte de salários, congelamento de aposentadorias, tudo isso como forma de receber a ajuda da União Européia.
O mundo enfrentou uma quebradeira generalizada no final de 2008 por conta justamente das políticas ditadas e implementadas pelos luminares que agora impõem condições aos portugueses, espanhóis e gregos.
Controle de capitais, fiscalização cerrada sobre o sistema financeiro, valorização do mercado interno eram palavrões, ofensas, medidas jurássicas para eles.
Pois foram justamente estas medidas que fizeram China, Índia e Brasil superarem a crise.
Aos que não tiveram esta ousadia, e ainda enfrentam dificuldades, humilhação e ataques aos direitos dos trabalhadores.
Vi muita gente bem intencionada tecer loas à formação da União Européia, como um contraponto ao big stick norte-americano.
Pois bem, a união de governos conservadores, não tinha como parir um bloco progressista.
Sob uma nova roupagem, a UE é a manutenção da alma do Congresso de Viena e sua Santa Aliança.
Isto deve servir de alerta, que apesar da débâcle finaceira proporcionada pelo neoliberalismo, ele continua vivo e respirando. No Brasil respira fortemente no Banco Central e nas palavras e sonhos de José Serra.
Não sei de quem é a frase, mas ela vale assim mesmo:
"O maior truque do Diabo foi convencer os homens de que ele não existe"

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